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terça-feira, 27 de novembro de 2012

CRÔNICA DA SEMANA - POR LEONARDO AKIRA FUGIMOTO

O FURACÃO VOLTOU!

Depois de 38 rodadas o torcedor atleticano pode soltar o grito que estava preso na garganta desde o dia 04/12/2011 quando o time rubro negro caiu na última rodada do brasileirão. E neste ultimo domingo nas arquibancadas do Ecoestádio as quase 7000 pessoas presenciaram a emoção e adrenalina que jamais será esquecida.

Festa no vestiário rubro-negro.
Após não conquistar o campeonato paranaense mais uma vez, a saga atleticana para retornar a elite começou em 19/05 em Joinville ainda sob o comando de Carrasco o Atlético ganhou do time catarinense por 4x1 e animando o torcedor que estava desapontado por não ter tirado mais uma vez o titulo do rival Coritiba.


Enquanto o Joaquim Américo está em reformas para a copa do mundo de 2014, o torcedor rubro-negro contou com 3 casas para incentivar e empurrar seu time rumo a série A. O primeiro jogo sobre seus domínios o Atlético mandou em Paranaguá, 1200 pessoas acompanharam a vitória diante o Ipatinga por 1x0. Na quarta rodada, após uma derrota contra o Boa Esporte, o furacão recebeu o Barueri na Vila Capanema e obteve uma boa vitória por 3x0. Durante o restante do primeiro turno o atlético voltou a mandar sues jogos em Paranaguá. Foram 9 jogos como mandante sendo 5 vitórias, 2 empates e 2 derrotas, já como visitante o Atlético voltou para Curitiba com apenas 4 vitórias.
Após a derrota para o CRB na quinta rodada o  técnico Ramon Carrasco foi demitido pela diretoria que em busca do acesso trouxe o desconhecido Ricardo Drubscky, porém o novo treinador conhecia muito bem os jogadores e o clima do CT do Caju, haja vista que era treinador das equipes de base. Mas o tempo de Drubscky sob o comando do time principal do Atlético foi pouco, a diretoria foi atrás de um técnico com experiência em série B e trouxe Jorginho, que já tinha conseguido o acesso com a Portuguesa no ano passado, porém não teve uma boa sequencia de resultados e a solução estava logo ao lado no time Sub-23. Ricardo Drubscky voltou para o lugar de nunca deveria ter saído.



O Segundo turno do Atlético foi muito bom, quando o time mudou-se para o Ecoestádio conseguiu uma sequencia de 9 jogos sem derrota, e foi para o jogo contra o Paraná Clube precisando apenas de um empate para garantir o acesso. O fator Ecoestádio funcionou muito bem e o torcedor rubro-negro conseguiu comemorar, mas não foi muito tranquilo não, como diria o célebre Galvão Bueno: “Haja Coração”!!!


Desde o início do jogo o time atleticano buscou o ataque, não queria deixar a oportunidade da subida ir por água abaixo justamente contra o Paraná, e na última rodada, seria um desastre. O Paraná mesmo com problemas extra campo tirava uma vontade enorme de estragar a festa vermelha e preto, o goleiro Luís Carlos que o diga, foi um verdadeiro paredão na meta tricolor.

O Paraná respondia nos contra ataques, mas o meio do Atlético estava muito seguro com as boas atuações de João Paulo e Elias. O gol atleticano estava amadurecendo, Marcelo acertou a trave aos 29, tirando suspiros do torcedor atleticano. A angustia atleticana passaria em minutos depois, quando aproveitando uma bola sobrada da cobrança de escanteio, o jovem zagueiro Cleberson marcaria seu primeiro gol como profissional. Manoel poderia ter ampliado o placar, mas novamente surgiu a brilhante figura do goleiro paranista.

A vitória atleticana e os resultados até o momento colocaria o time como vice-campeão da série B, porém o segundo tempo da maioria dos jogos foi dramático. O Criciúma empatava com o Avaí, o Vitória empatava com o Ceará, mas o pior de tudo o São Caetano ganhava do Guarani. E o tricolor da Vila Capanema voltou mais atacante no segundo tempo e pressionava. Logo aos 7 minutos Lúcio Flávio cobrou falta e o zagueiro Anderson empurrou para as redes.

Sentindo o gol o Atlético baixou de produção e viu o crescimento do Paraná, aos 30 minutos Marcelo foi lançado e já dentro da área foi derrubado. Pênalti para sacramentar o acesso. O jovem atacante pegou a bolar, correu para a batida e......no travessão! O artilheiro do Atlético na série B desperdiçou a cobrança, que o consagraria. Porém a estrela estava sob outro jovem, aquele menino que marcou seu primeiro gol como profissional salvou a bola do jogo em cima da linha.

O Drama ficou ainda maior quando nos acréscimos o lateral Pedro Botelho foi expulso e o Paraná Clube pressionava. Mas Weverton também brilhou e fez importantes defesas e aos 48 quando o arbitro apitou o fim do jogo estava terminado o sofrimento de uma nação inteira.


Festa no vestiário atleticano.

Com sofrimento, suor, lágrimas, o time rubro-negro conquistou o lugar de onde nunca deveria ter saído pelo tamanho de sua história: o Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão.


Leonardo Akira Fugimoto
Estudante do 4° período de Comunicação social do Centro Universitário Uninter.

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