Segundo os atletas, cobrança de impostos é responsável por "comer" quase 30% da bolsa que recebem do UFC em eventos no Brasil.
|
Foto: Jason Silva / Cúpula do Esporte |
Do UOL Esportes
A volta do UFC ao Brasil, em 2011, trouxe a tão sonhada oportunidade dos lutadores verde-amarelos poderem lutar em casa, com torcida a favor. Mas, para os brasileiros que vivem fora do país, um detalhe tem incomodado bastante, pelo fato de mexer com seus bolsos. O fato é que os impostos cobrados por aqui são bem mais altos do que os descontos de locais como os Estados Unidos, e acabam tomando quase 30% das suas bolsas.
Diferentemente dos Estados Unidos, em que os residentes no país acabam pagando impostos - mais brandos - só no fim do ano, os descontos para quem viaja ao Brasil acontecem automaticamente. O imposto de renda retido na fonte é de 27,5%, um peso grande para quem luta no máximo três ou quatro vezes por ano.
O meio-pesado Thiago Silva, famoso por não ter papas na língua, admite que a princípio não queria lutar o UFC de Fortaleza - ele nocauteou Rafael Feijão no último sábado, em sua primeira vitória desde 2009.
"Aqui é muita injustiça, o governo rouba muito dinheiro. Agora mesmo estão me roubando 27,5% da minha bolsa, cara. Isso é um assalto. Eu vim para cá porque fui obrigado, porque o UFC me pediu para vir lutar no Brasil, já que nunca lutei. Mas pensando no meu bolso, não queria vir não. Lutar pelos brasileiros é legal, mas tomar 27,5% é f...", disse ele.